quarta-feira, 15 de outubro de 2008

TEMPO(Butterfly)

acordei vazia de viver. e muito cheia de sobreviver. dormi emburrada e de calça jeans. amanheci com olheiras profundas. dormi cedo mesmo contra vontade. que dia besta estava por vir. de repente já havia se acabado. o tempo passa pausadamente diante de meus olhos murchos. e o ponteiro dos segundos me atormenta a cada tic-tac.
o cenário preto e branco não mudou, mesmo depois de tudo... mesmo depois de ontem... uma nuvem negra se instalou em meu destino e nenhum sopro de vento passa por aqui.

Um comentário:

Unknown disse...

Interessante perceber o tempo... com olhos adultos e olhar infante... sabedores das seleumas da vida, mas, contemplativos como uma criança que brinca na rua...
Percebemos (muito tarde) que o tempo não acelerou, que continua em seu ritimo inauterado, continuo... Sim!!! somos nós que nos aceleramos a um ritimo frenético, deixamos de perceber os detalhes, pequanos detalhes... mas que fazem toda diferença entre uma breve existencia de 80 anos ou uma quase eterna vida de 50... O tempo em seu iflexível curso, em sua inexorável corrida... não muda... nós no entanto mudamos a forma que o vemos passar (na verdade deixamos de vê-lo passar) e achamos em nossa ignôminia, em nosso orgulho de animal pensante que ele se acelera e reclamamos que os dias estão passando mais rápidos, que os anos tem se encolhido. Como se de alguma forma o dia já não tivesse as 24 horas e nem os anos mais 365 dias... o tempo... inimigo de uns... amigos de outros... ele é seu amigo ou se algóz...???