terça-feira, 22 de maio de 2012

A poesia evapora
como evapora o tempo
alguma coisa
joga-se fora
e outras ficam cá dentro.
O poema sozinho
é uma máquina de dor
tortura o pergaminho
até que se deixe compor.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Jogando sal em feridas abertas
só pra sentir o arrepio que dá
Pra depois lamber as rachaduras
e sentir o gosto de sangue
escorregar pela garganta.
Roer as unhas pra não
mais arranhar meu corpo
em agonias noturnas
provocar sensações
de dor pra ver se
pula pra fora
essa ânsia.
esse mau.