quinta-feira, 26 de maio de 2022

Há dores que o tempo não cura.

Lembranças marcadas a ferro,

Na pele e nos ossos encrustadas,

Tristezas tão profundas,

Criando ecos e reverberando 

Em cada canto da alma.

Há gritos amarrados atrás da língua,

Sufocados por palavras mortas,

Que saem automáticas pelos lábios secos.

Nem dor, nem prazer, 

Só um corpo se arrastando

Com alma dissecada pelas vielas escuras.