quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A longa espera
no portão de madeira,
ainda
fitando a figura de
olhos fundos
desaparecer
entre a poeira da estrada.
Dorotéia não sorriu,
não chorou,
seguiu absorta
o traçado do Destino.
Arrastou seus chinelos
por longa estrada
até roer-lhes os
calcanhares,
em viva carne
pele e osso
as dores
sem cessar.