terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Dedos finos
apontando ao longe.
Unhas roídas de espera.
Soluços e sons
de gotas
ditam o ritmo a noite.
Dorotéia no telhado.
observava o vazio.
A lua sorriu,
Riso irônico.
Negro, o tapete
do infinito, espalhou-se.
Sentada no alto
Dorotéia sorria
a contar pingos de luz.
Sentiu a brisa
beijar-lhe os fios
Arrepio longo
de tesão ou dor.
Sorriu, enquanto
o mundo seguiu
indiferente.
 

domingo, 28 de dezembro de 2014

Em queda constante:
cai água lá fora,
cai a vontade
caem os olhos.
Quedam-se
os pensamentos
e até mesmo
a tristeza caiu.