terça-feira, 17 de março de 2015

Longas, seguiam
as apressadas pernas.
A silhueta esguia
de braços igualmente longos.
Elegante balé de pernas e braços
Rápido.
Virando as esquinas
estridente sapateado.
Os passos insistiam
em perambular
pelas vielas.
Enquanto, os pensamentos
flutuavam por outras
órbitas.
Até gastarem-se
as borrachas dos passos.
Caminhou.
E perder-se as
solas dos pés.
E sangrar-se
os sapatos.
Romeu em
doces transtornos
noturnos, caminhou.

segunda-feira, 9 de março de 2015

E de poesia se fez o ar
e completou o tempo,
purificou as águas
e suspendeu-se o mar.
Flutuaram as penas
soprou-se o vento
iniciou-se o tormento
orvalhou  o luar.