segunda-feira, 24 de abril de 2017

Quem me dera
ter os dias cheios
do teu sorriso.
E as noites umedecidas
em teus cheiros.


Uma hora fitando o cursor piscar
dedos imobilizados diante das letras
a palavra presa em algum ponto do corpo.
Mais cedo passou por aqui
pensamento antigo,
ideias ruins
que a cidade incita.
Há palavras espalhadas
confundindo a lógica.
Horas anteriores
mal conseguia conter meus olhos
gulosos percorrendo seus contornos.
Conter, o verbo que mais martela em
meus pensamentos: minhas mãos,
meus desejos, meus impulsos.







O toque suave de seus olhos,
o conforto mais efêmero
que meu corpo sentiu,
Sutis, lábios de carmim
molhando o meu sorriso.
A doçura, que pensei perdida,
em cores e sabor.
Quase turquesa no olhar:
Joia exótica, diamante bruto.