sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Por vezes, desejo ser diferente:
Ser menos gente
Ser mais bicho.
Selvagem,
Sem  amarras.
Mais bicho,
Livre de medo,
De apego.
Ser vento...
Folha seca no chão.
Ser chuva.
Embaixo do chuveiro,
Um poema passou
E me acenou.
Senti os pingos
Desenhando na pele
As palavras desprendidas
Da memória.