sábado, 24 de março de 2012

Mergulhar em Piaf e morrer embriagada de melancolia e dor
Se embriagar de vinho, poesia e nostalgia:
Lembranças de casa
De qualquer casa
de qualquer outra casa
que não a que vivia.

Nada de nada
Não sei de mais nada
Quem eu sou
quem é esse outro que voltou
um outro que não eu
catando as migalhas
de um outro mundo
que nunca foi meu
... e
cacos  de sonhos quebrados
metade de rostos incompletos
segredos não revelados
vibrando em olhos espertos.



terça-feira, 20 de março de 2012

Presa
foi Depressa
pressão
Depreciou
apreçou
pesou
Com
pressão
outra preposição
De
pressão.






Reminiscências
e uma saudade miúda.
De um tempo que não vivi.
Objetos,
móveis
e roupas
velhas.
Tão íntimas:
desconhecidas
e próximas.
Lembranças remotas
da vida
de um alguém
sem rosto.

domingo, 18 de março de 2012

Migalha
enredo de vida velha
sobras de nada.

Ratos
Restos
inundações
de largas planícies...

Regos
Córregos
Carrego
Rompidas asas
Feridas de pássaros
noturnos

No turno
Nada passa ligeiro
Ninguém ama,
Mata ou fere.

Volto aos
ratos
Enrolados
nos rolos de cabelos
no ralo do banho

banho de chuva
nunca mais.
Sem carga
carrega
me encarrega
rega
regra.