terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Dedos finos
apontando ao longe.
Unhas roídas de espera.
Soluços e sons
de gotas
ditam o ritmo a noite.
Dorotéia no telhado.
observava o vazio.
A lua sorriu,
Riso irônico.
Negro, o tapete
do infinito, espalhou-se.
Sentada no alto
Dorotéia sorria
a contar pingos de luz.
Sentiu a brisa
beijar-lhe os fios
Arrepio longo
de tesão ou dor.
Sorriu, enquanto
o mundo seguiu
indiferente.
 

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