terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Poema Confesso

O teclado acaricia
o dedo.
Carícia,
doce palavra.
Dedos emaranhados,
impuros.
Provocação da glote,
Entorpece os dois
lados do crânio,
Formiga o lábio,
Enjoo...
Penso sempre
que mente:
para você
e para mim.
Sei a verdade
mas não digo.
A palavra
é profana
como o
ato que ela
anuncia.
Verbo de ligação
mas me libertando.
Poema tão confuso
quanto quem lê.






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