sábado, 6 de agosto de 2011

Tinha muito a dizer, mas como não quisesse ouvi, calei-me.
Ignorou meus pedidos e me deixou encharcada de desejo, dormi.
Virei a noite ouvindo discos velhos, entre um espirro e outro, uma taça de vinho.
Fazia frio fora e dentro de mim.
Intermináveis as horas passaram, mas não vi o sol chegar.
Li poesias insanas que me entorpeceram a mente e me puseram louca.
Louca eu fico sempre quando você se vai.
A espera, sempre a espera de um gesto ou um olhar.
A espera, a espera de poder ir além do previsível.
Falo sempre primeiro e da mesma maneira me calo.
Me calo, pois não vou mais esperar,
Calo e fico com olhar fixo num ponto qualquer.
Qualquer ponto que não seja o seu olhar.

Um comentário:

Adriana Garcia disse...

Ás vezes procuro na música e na poesia a 'cura' pro que eu sinto. Sinto-me despida quando uma delas (poesia/música) traduzem o que eu não consigo entender dentro de mim.

Gostei muito.

Bjs ;)