Sinto dores terríveis nas costas
E, periodicamente, na alma.
Não é dorzinha de fácil cura
É dor intensa, sem trégua ou calma.
É, sobretudo, da carne tortura.
Essa dor não cabe cá dentro,
Ela ecoa, voa com o vento,
Alcança limites e fronteiras
Corre montes, vales, cordilheiras.
Há tempos, ensaio um canto
Para acalmar as noites de pranto.
Que eu mesma me embalo
Noite adentro, no silêncio ressoa
O sons da minha voz num badalo
Que reticente cântico na madrugada entoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário