Mãe d'água, líquida parideira,
nascente das nascentes.
Seus filhos escorrem entre valeiras,
quedam em pedras, formam cachoeiras,
rio, riacho, córrego, ribeira...
Vilhena, mãe d´água, cabeceira.
No Barão do Melgaço, o Comemoração,
tesouros milenares descobriu Rondon,
as minas, aquelas do Urucumacuã.
Mãe d´água, paisagem do cerrado,
os filhos escorrem entre pedras:
o Roosevelt, o rio da Dúvida,
traz histórias em suas águas.
Tantos, tantos são seus filhos,
nem todos sadios e limpos,
mas persistentes ao jugo humano,
Pires de Sá, o filho urbano ,
vestido pelo progresso em tristes trajes,
das puras águas, restam lixos nas margens.
E outros tantos que ainda brilham
sob a luz do sol, em largo espelho,
meneando a terra, o Rio Vermelho.
Caudaloso e sem trégua,
no Mato Grosso, o Iquê deságua.
Ávila, Apediá, Cabixi, Piracolino...
Filhos dos Parecis,
nascidos em leito genuíno.
Publicado na Antologia Vilhena: entre encantos e verso. 2º lugar no Concurso "Conhecer Vilhena" organizado pelo Instituto Federal de Rondônia em 2020.
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