terça-feira, 21 de maio de 2019

As tardes são pálidas
E o rio corre mais fluido.
Ventos gélidos  cortam e
Esvoaçantes fios se enlaçam.
Há punhais fincados,
 as costas sangram.
Correm longas correntes
De sangue rubro pelo chão.
Há vida após os trinta?
O medo existe
E não é  tão generoso
Quanto a dor.
Há luz,
Mas não nesse corpo.
Há dores,
Caos,
Sólidas  camadas.
Há música,
Sempre de se partir ao meio.
Há riscos,
Nãos e sins
Sem proporção.
Existo,
Mesmo sem desejar.
Não há.

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