quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Romeu, sujeito sisudo
sempre olhando de canto
esgueirando-se pelas paredes.
Romeu, quase um inseto
ligeiro, voraz, invisível.
Invade facilmente os espaços
como a poeira fina e leve.
Sombrio, às vezes, leviano.
Quase sempre ausente do mundo
Cria seu mundo próprio
Uma realidade paralela
muito aquém da Terra.
Sonho, realidade
não sabe mais definir
Romeu sozinho
sentado sob o sol.
Saiu das sombras um instante
e sentiu a pele queimar.
Como o toco do cigarro
queimando os dedos.
Tocou em flores,
enormes árvores amareladas
delicadas, coloridas,
mais que podia suportar.
Romeu voltou às sombras
para os becos, as vielas
trancou-se: cerrou portas
e janelas.





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