domingo, 17 de julho de 2011

De novo, Ana C.

Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera e digo
do coração: não soube
e digo da palavra: não digo (não posso ainda acreditar na vida) e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto.
Ana Cristina Cesar


Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei...
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos.


Ela sempre me envolvendo
em suas linhas tortas
Sempre me ensinando a viver,
a amar
Ana C. sempre em tudo
Me trazendo lembranças
do cotidiano, do agora
do ontem.
Sempre, Ana C.
(Butterfly)

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